Um dos meus melhores papeis, diz Jennifer Coolidge, de ‘American Pie’

Estreia nesta sexta-feira (20) nos cinemas brasileiros American Pie: O Reencontro. No quarto filme da saga, os ex-colegas de escola retornam para a cidade natal no Michigan, Estados Unidos, para se reunirem. Durante o tão esperado fim de semana, eles descobrem o que mudou e o que o tempo e a distância não conseguiram apagar. Muitas das cenas remetem ao primeiro filme da série, de 1999, quando os quatro rapazes tentam perder a virgindade antes da formatura do ensino médio.

Mais de uma década depois, Jim (Jason Biggs) e Michelle (Alyson Hannigan) estão casados e têm um filho de dois anos, enquanto Kevin (Thomas Ian Nicholas) e Vicky (Tara Reid) não estão mais juntos. Oz (Chris Klein) e Heather (Mena Suvari) também se separaram, mas Finch (Eddie Kay Thomas) ainda sonha com a mãe do Stifler (Jennifer Coolidge). Stifler (Sean William Scott) continua o mesmo.

Em uma série de entrevistas ao Terra, em Londres, os atores e diretores comentaram que se divertiram durante as filmagens. Muitas das risadas vistas nas telas são verdadeiras, como contam Eunege Levy e Jennifer Coolidge, que interpretam o pai de Jim e a mãe de Stifler.

Terra – Jennifer, você é engraçada na vida real?
Jennifer Coolidge – Acho que sou engraçada sem querer. Na maioria das vezes a piada é de mim mesma.

Terra – Você parece ter bastante carinho por seu personagem, a mãe de Stifler (Seann William Scott) emAmerican Pie. É isso mesmo?
Coolidge – Sim. É que a maioria dos papeis que faço são de perdedoras ou de mulheres fúteis, estragadas por cirurgias plásticas. E a mãe do Stifler é uma das poucas pessoas interessantes que tenho a chance de interpretar. Ela é considerada atraente, faz sexo. É um dos melhores papeis da minha carreira. Outro dia me perguntaram se tinha um lado chato de ser a mãe de Stifler. Eu realmente acho que não. Acho que tem um lado triste dela, é verdade, porque às vezes ela faz sexo vazio. Mas realmente acho que ela não tem um lado chato. É bom interpretar uma vencedora de vez em quando.

Terra – Houve alguma cena de vocês dois que tenha ficado de fora do filme?
Eugene Levy – Sim, uma cena em que nós dois fumamos um baseado. Eu achei super engraçada, mas não entrou no filme. É no final, antes da parte em que chegam os policiais na festa de Stifler. É uma cena em que eu fico nervoso com a situação toda, com medo de ser preso, e a mãe de Stifler fica rindo na cama, bem calma.
Coolidge – O quê? Aquela cena foi cortada? Que pena!
Levy – Sim. No filme o público não nos vê fumando. Só aparece a mãe de Stifler tirando um baseado do vestido. É uma cena ótima, mas que saiu.

Terra – Parece que vocês realmente se divertiram na cena em que vão fumar um baseado juntos. As risadas são verdadeiras?
Coolidge – Foi muito divertido mesmo. Parecia que realmente estávamos chapados. Eles nos deram uma coisa pra fumar que realmente cheirava a maconha. Eu não sei ao certo o que é (diverte-se).
Levy – Acho que o que também contribuiu foi o fato de ter sido a última cena de um dia cheio, então realmente parecia que estávamos chapados. Mas, sim, foi divertido.
Coolidge – A mãe do Stifler fumou cigarros nos três filmes anteriores, mas não me deixaram fumar desta vez. Não foi a minha escolha.

Terra – Você acharam American Pie: O Reencontro menos embaraçoso do que os anteriores?
Coolidge – E o pênis de Jason? (rindo)

Terra – Foi ele mesmo ou usaram um dublê?
Coolidge – Sim, é verdadeiro, é ele mesmo.
Levy – Digamos que não seja algo que não vemos todos os dias. Mas talvez seja menos embaraçoso, menos explícito, ou então simplesmente porque essa não foi a primeira vez em que mostramos esse tipo de cena.

Terra – Vocês acham que o filme amadureceu na medida em que a audiência amadureceu?
Levy – Os personagens agora são 10 anos mais velhos. Na verdade 13, portanto, eles não podem ser tão adolescentes assim. Mas eles acabam se comportando como adolescentes de vez em quando. Desta vez, misturamos cenas ultrajantes, como tivemos no filme original, com cenas mais nostálgicas, com mais sentimento do que no primeiro filme. Tem um equilíbrio – perdemos algumas coisas, mas ganhamos outras nesse último filme.

Terra – O pai de Jim perde a mulher dele e isso aparece nesse último filme. Como você mistura comédia com tragédia em personagens como esse?
Levy – Na verdade, não conversamos muito sobre isso antes de filmar. Nós não ficamos receosos de mostrar sentimentos quando a mulher dele fosse mencionada no filme. Sim, ele fica emocionado. É como na vida real, às vezes você consegue chorar e rir ao mesmo tempo. Gosto de interpretar cenas como essas, porque você sente que o personagem é mais humano.

Terra – Vocês dois interpretam personagens que as pessoas acham engraçados. Como é a resposta do público?
Levy – O público sempre grita mais alto quando vê a mãe do Stifler. Eles ficam loucos quando a Jennifer aparece. É impressionante.
Coolidge – Acho que é porque as pessoas falam muito dela no filme. Mas acho que quando é para tirar fotos elas procuram mais o pai de Jim. Acho que, de maneira geral, na Inglaterra os homens gostam de mulheres mais experientes, enquanto que nos Estados Unidos eles procuram as mais jovens. Meus fãs são bem jovens. Raramente caras mais velhos me assediam. Acho que a faixa etária dos meus fãs para lá pelos 28 anos, e eu não estou brincando. Nos últimos 10 ou 15 anos nenhum homem da minha idade me convidou pra sair.